O Baile
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A Dança de Salão

O baile é visto como um espaço de festa e lazer, de encontro desinteressado entre as pessoas que amam a dança e querem fazer amizades. É um espaço de sociabilidade e, como tal, é regido por regras de comportamento, regras que se apresentam nas formas de vestir, na polidez, na cortesia e na hierarquia no salão, sendo o cavalheirismo sua mais alta expressão.
O cavalheirismo expressa o controle do homem sobre a mulher, representando um tipo de relacionamento hierárquico que está presente também na vida cotidiana (Alves, 2004). O homem (ou cavalheiro, condutor) que deve convidar a mulher (dama, conduzida) para a dança, acompanhando ela ao seu lugar no final da dança, assim como cabe também ao homem propor os passos que serão executados na dança através da condução - espinha dorsal da dança de salão. A mulher, por sua vez, deve saber ler esses movimentos e acompanhar o cavalheiro. A recusa de uma dança é visto como falta de educação por parte da mulher.
A mulher depende do homem para ser escolhida e o homem a escolhe de acordo com as vantagens que a dama pode trazer.

“Segundo depoimentos de dançarinos, os cavaleiros só costumam convidar para dançar a Dama que já provou suas capacidades no salão ou uma mulher pela qual haja interesse sexual. Seria a fase da paquera o convite para uma dança. Para provar sua capacidade a dama depende necessariamente de um par masculino para exibir-se no salão. Se ela é desconhecida no baile e está só, sua única chance de ser chamada para dançar é ser fisicamente atraente aos olhos masculinos, o que significa neste universo da dança de salão ser/aparentar juventude.” (Alves, 2004, p.54)
Valorização da juventude
Valorização de um modelo de comportamento considerado tradicional
Vestuário
Estatutos da Gafieira
Cavalheirismo